terça-feira, outubro 19, 2010

Emoção no adeus a F. Gomes

Emoção marca o adeus da população de Caicó ao jornalista Francisco Gomes de Medeiros, conhecido na mídia potiguar como F. Gomes. Milhares de pessoas tomaram as ruas da cidade em todo o trajeto do cortejo, que saiu da igreja São José e vai até o cemitério Campo Jorge, onde ocorrerá o sepultamento.

Segundo as pessoas que acompanham in loco o cortejo, a quantidade de pessoas nas ruas nunca foi vista na cidade e a aglomeração de caicoenses faz crer que poucas pessoas deixaram de participar da última homenagem ao radialista.


Tribuna do Norte

Preso confessa ter matado F. Gomes

João Francisco dos Santos, mais conhecido por Dão, confessou ter matado o radialista F. Gomes. Depois de quase cinco horas de depoimento, o acusado decidiu revelar a verdade à polícia. A informação foi confirmada pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva.

De acordo com coronel Araújo, o acusado foi levado até a Delegacia de Caicó para prestar depoimento ao titular da Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado, delegado Ronaldo Gomes.

O depoimento do acusado começou no fim da manhã . No entanto, no decorrer do depoimento, João Francisco decidiu falar a verdade. Para isso, ele solicitou que ficasse detido no presídio estadual de Caicó, mais conhecido como Pereirão.

Coronel Araújo Silva esteve frente a frente com o assassino confesso e declarou que ele é um homem frio e calado. “É um homem alto, forte, mas calado. Estive na delegacia e ele não deu uma palavra”, destaca.

A Polícia Militar conseguiu chegar até o acusado após colher alguns indícios. O responsável pela execução do radialista estava em uma motocicleta escura e com um capacete prata ou cinza. Logo após cometer o crime, o acusado saiu na moto e trocou de roupa. Ele também teria abandonado o capacete.

Tanto as roupas quando o capacete foram encontrados pela polícia. O bandido deixou para trás uma calça, um moletom e um colete parecido com os coletes de moto-táxi. Logo após deter João Francisco, os policiais descobriram que ele saiu de casa vestindo uma roupa e voltou com outra.

Além disso, a própria mulher de Dão declarou que ele tinha um capacete cinza. Outro detalhe que chamou atenção da polícia é que a moto usada pelo homem que matou F. Gomes era escura e testemunhas disseram ter visto que a sinaleira traseira era branca. João Francisco já responde a processo por assalto a mão armada e lesão corporal.

Thyago Macedo faz Apelo: não deixem o assassinato de F. Gomes ser em vão

No Jornal 96, da 96 FM, desta terça-feira (19), dei a notícia mais triste da minha vida como repórter policial. A morte do radialista F. Gomes é a prova da impunidade e da falta de comprometimento do sistema de segurança pública do Rio Grande do Norte. O que me deixa angustiado é saber que F. Gomes morreu por ser honesto, trabalhador e um homem de coragem.

As reportagens feitas por ele ao longo dos anos e seu assassinato na noite de ontem (18) mostram o quanto nosso trabalho é importante para a sociedade. Por esse motivo, eu faço um apelo a todos os jornalistas e radialistas do Rio Grande do Norte: não deixem que a morte de F. Gomes tenha sido em vão.

Vamos continuar publicando denúncias, apontando esquemas, independente de quem esteja por trás. Francisco Gomes de Medeiros, ou simplesmente F. Gomes, é um exemplo de repórter policial para mim. Espero que seja para outras pessoas também...

Por Jandi Costa

Assisti toda homenagem que os seus colegas radialistas prestaram através da Rádio Caicó comandado por Suerda Medeiros e lá encontrei novamente a inconfundível voz fazendo a sua última abertura ao vivo do seu programa no dia de ontem.

F. Gomes se foi, mas fica o seu legado de luta pela justiça dos homens contra os fascínoras que insistem em povoar no meio de pessoas de bem, mesmo cometendo tantos males à sociedade.

Ouvir a voz de F. Gomes neste momento foi motivo de alegria não só para este blogueiro que está em online com a Rádio Caicó, mas creio que foi motivo de alegria para toda cidade de Caicó que teve o prazer de ouvir a sua mensagem em homenagem à Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida no último dia 12 de outubro. Mas, a alegria de imediato dá lugar a dor, a revolta em saber que sua voz foi silenciada por bandidos covardes.

Por Vãnia Nóbrega

Quero prestar meus sentimentos a toda família. F. Gomes começou sua carreira na Rádio Seridó, e estava atualmente na Rádio Caicó AM. Nós que fazemos a Rádio Seridó e a imprensa Norte Riograndense desejamos forças a família e ficamos na esperança que seja feita justiça!

Por Roberto Flávio

Informo aos amigos leitores do Blog que em sinal de luto, pela morte bárbara e covarde do amigo radialista e jornalista F, Gomes, estaremos suspendendo por 24 horas as atividades.Trabalhei ao lado de F. Gomes durante seis bons anos. Foi meu mestre. Aprendi com ele o amor pela profissão o respeito e responsabilidade para com os ouvintes. DEDICAÇÃO, AMOR, A VERDADE E A COERRÊNCIA E CREDIBILIDADE, sua vida profissional era pautada por estas virtudes.
DESCANSE EM PAZ. E QUE OUTRAS VOZES NÃO DEIXE CALAR O SEU LEGADO. 

Eduardo Dantas: Descanse em Paz F.Gomes:

É com muita tristeza que temos que noticiar um fato lamentavel desses contra a vida de um companheiro nosso. expressamos os nossos sentimentos a familia e desejamos que o caso seja elucidado e que os culpados sejam punidos.

Nós que fazemos a Rádio Seridó e a imprensa Norte Riograndense desejamos forças a família e ficamos na esperança que seja feita justiça!

Descanse em Paz F.Gomes na casa do Pai eterno.

Por Marcos Dantas: Seridó de luto dá adeus a F. Gomes

O radiojornalismo seridoense perdeu um de seus maiores ícones. O assassinato de F. Gomes, 48 anos de idade, quase 30 deles dedicado ao rádio, além da perda de um grande profissional, pai e marido dedicado, amigo e um exemplar companheiro de trabalho, representa acima de tudo uma afronta a liberdade de expressão e põe em risco, caso não exista uma resposta imediata das autoridades policiais, colocando, no mínimo, os responsáveis na cadeia, a vida de muitos profissionais, que a exemplo de F., fazem do jornalismo no rádio, sem meio de vida.

É dever de todos, é obrigação de cada um de nós, exigirmos que se dê um basta nisso. Quantas vidas já foram ceifadas e outras tantas certamente serão, para que a segurança passe a ser encarada de forma responsável pelas autoridades que lidam com os órgãos. F. Gomes morreu da forma que ele mais gostava, trabalhando. Sentado na calçada, ouvindo seu rádio de pilha, celulares prontos para receber informações de suas fontes. Talvez tenha sido traído pela rotina, ou que jamais imaginasse que, aquela voz que tanto emprestou cobrando justiça para os injustiçados, fosse calada por quem ele tanto combatia.

Medo? É esse o sentimento que começa a se tornar comum em Caicó. Antes de F. Gomes, dezenas de vidas foram abatidas e poucos culpados respondem hoje pelos crimes que cometeram. A repercussão que esse assassinato ganha no mundo inteiro deve ser o alento de cada caicoense e seridoense, que a morte de F. Gomes não ficará impune. Fica aqui, registrado nesta notícia, que jamais gostaria de escrever, toda nossa revolta e dor, pela perda de um dos melhores profissionais que o rádio seridoense gerou.

Por Gilmar Cardoso: A dor de perder um amigo

Em 1985, quando Caicó ganhava sua segunda emissora de rádio (Rádio AA Voz do Seridó), um jovem estudante, funcionário do Hospital do Seridó, também principiou no meio de comunicação, Francisco Gomes de Medeiros, que adotou o nome artístico de F. Gomes, virou locutor da noite, das 20h às 23h, sua voz se tornou comum nos lares do Seridó, apresentando o programa: “Noturno, o som de todas as gerações”. Depois veio sua experiência como repórter esportivo, redator de jornalismo, apresentador de noticiários e daí por diante, o F. Gomes dono da audiência do meio dia. Por acaso, quem não ouviu falar no Alerta Geral na Rádio Seridó? Depois, surgiu na sua voz, o Cidade Alerta (Rádio Rural) e por último, o Comando Geral (Rádio Caicó). Mas a história mais linda que se pode escrever do nosso saudoso “F”, é a história de um filho amável e carinhoso que ele sempre foi, do irmão e amigo cuidadoso que a vida inteira soube ser. Lembro de sua luta quando fez a primeira reforma na casa da sua mãe, da sua alegria ao poder proporcionar aquele feito. Era sempre assim, não existiam limites quando a meta era fazer algo por sua família. Como esposo, sei do amor e fidelidade que sempre deu a Eliene, de sua felicidade cada vez que podia lhe proporcionar um grande momento.

Ninguém, nem mesmo os mais íntimos, pode ser capaz de decifrar as qualidades do grande pai que ele foi. Se me dói agora o peito, é pensar na perda que rasga o coração de Esley, Everton e Erica, seus três filhos, presentes de Deus para um grande homem, um exemplo de pai. Quando falávamos deles, seus olhos nadavam de felicidade, de orgulho, de gratidão, seus filhos eram tudo na sua vida.

No sábado passado, dia 16 de outubro, como se fosse um presente de Deus no dia do meu aniversário, nos encontramos num shopping de Natal, ele falava ao telefone e enquanto aguardava o final da ligação, depois de abraçá-lo, deixei meu braço sobre seus ombros, esperei o final da conversa, aí falamos sobre meu afilhado, Esley, me perguntou se estava feliz em Natal, falei da saudade da nossa terra (Caicó), então o abracei mais uma vez, e foi à última vez...

Começamos no rádio no mesmo ano, na mesma emissora, tive o prazer de tê-lo como parceiro apresentando programas juntos. Momentos que o tempo nunca vai apagar.

Só o amor de Deus pode amenizar a dor e a tristeza que todos os que lhe amavam sentem agora.

Blog de Luciana Medeiros: Angustia e vazio em nosso corações

Todos nós da Caicó, SUERDA MEDEIROS, LUCINEIDE MEDEIROS, SIDNEY SILVA, ROSIVAN AMARAL, JUCA BALA, ALBERTO, ALCILENE, GIZELDA, MARIA JOSÉ, PININA, BERG SANTOS,JOAQUIM, CHUMBREGA, e tantos outros que passaram por F. Gomes e o admiravam por seu profissionalismo e sua forma original e única de ser profissional. Para nós, que estamos angustiados, vazios, com nossos corações delacerados, estamos fragilizados, e dói, dói muito perder uma pessoa que representava a moral, a voz ativa, estrodante, feroz para combater as atrocidades que acontecem em nossa cidade, de não ter medo, de não se calar mesmo sabendo que isso podia lhe custar a vida, e infelizmente custou. Estamos de luto, e hoje perdidos, sem saber o que pensar, como dizer, como vai ser, como viver, como voltar a conviver, como sentar todos os dias naquela mesa de comunicação e não mais olhar aquele olhar de sobriedade e certeza diante do que levaria ao ar. Assim era nosso companheiro F. Gomes, destemido, forte, convicto, amava mesmo o que fazia, e dizia que se tivesse que escolher outras vezes em mil vidas a mesma coisa seria F. Gomes, o jornalista, o radialista, a voz da verdade, o locutor que não tinha medo que enfrentar os mal -feitores, que era revoltado com o ílicito, com as coisas que corriam a " frouxo", ele queria ser assim, queria poder falar por aqueles desvalidos. Nós que convivíamos com ele conhecíamos aquilo que no ar ninguém percebia, era o F. Gomes brincalhão, extrovertido, amigo, caridoso, que amava sua família, que tinha orgulho de cada nota boa que seus filhos tiravam, que estava vibrante pela faculdade de sua filha primogênita Érica, que era companheiro e amigo de sua esposa Eliene, que era o melhor filho para dona Rita e o melhor irmão, tio, primo, amigo. Ele era um ídolo, alguém que trazia em seu semblante a idéia, talvez de alguém sério, fechado, mas não, para nós ele era um meninão fora dos microfones, brincava fora do ar, fofocávamos, éramos o exemplo de uma família feliz. E agora? Tudo é dúvida, tristeza, sonhos perdidos. Ele foi brutalmente assassinado e ainda assim levantou os seus braços para demonstrar a sua repulsa a esses bandidos inescrupulosos que não tem coração, e certamente nunca souberam o valor de uma família, de filhos, esposa, mãe e irmãos que agora estão perdidos em meio a uma dor que certamente não passará jamais, pois F era o sustentáculo daquela família. E de nós era o complemento, a peça que encaixava. Ninguém nunca poderá substituir F. Gomes, ele era único, com uma característica que ninguém jamais terá: O amor a o que fazia sem medo do que pudesse acontecer.

Testemunha afirma que é incapaz de reconhecer suspeito

O funcionário público Ronaldo Santiago da Silva, cunhado de F. Gomes, foi uma das poucas testemunhas oculares do homicídio do jornalista, que ocorreu na segunda-feira (18), em Caicó. Mesmo a aproximadamente 10 metros do local do crime, Ronaldo Santiago diz que o bandido estava de costas e que só poderia saber a altura do suspeito.

Bastante ligado a F. Gomes, Ronaldo Santiago diariamente ia à residência do jornalista depois do trabalho, na rua Professor Viana, no bairro Paraíba, onde conversavam na calçada. Na segunda-feira, a rotina se repetiu, mas logo depois de deixar a casa do cunhado, Ronaldo ouviu os disparos contra F. Gomes. 


Na opinião do funcionário público, o criminoso estava aguardando que ele saísse da calçada do jornalista para cometer o crime e, após os disparos, Ronaldo Santiago ficou desesperado e teve dúvidas sobre o que fazer. "Não sabia se corria para socorrer (F. Gomes), se corria atrás dos bandidos ou se chamava a polícia. Corri e liguei logo para a polícia", conta, lembrando que não houve como ver o rosto de quem efetuou os disparos.

Ainda abalado com a morte do amigo, Ronaldo Santiago acredita que o motivo do assassinato foi a postura de F. Gomes. "Foi morto porque clamava por Justiça. Não se cansava de combater o crime, principalmente o tráfico e drogas", disse Ronaldo Santiago, uma das poucas testemunhas que estavam no momento do homicídio.
Tribuna do Norte

Presidente do Sindjorn se pronuncia sobre assassinato de jornalista

A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte (Sindjorn), Nelly Carlos, se pronunciou para a equipe do DN Online com relação ao assassinato do comunicador F.Gomes. A sindicalista se mostrou muito abalada e indignada. “A sociedade não pode aceitar essa falta de segurança. Hoje, o primeiro Poder é a marginalidade”, disse, emocionada. Nelly chamou atenção ainda para a falta de segurança que ela afirma existir no nosso estado. “O caso chama atenção por F.Gomes ser um jornalista, mas quantos anônimos morrem por aí por causa da violência?”. A presidente do Sindjorn reafirmou a importância da punição dos culpados, alegando temer pela integridade física dos jornalistas, caso o crime fique impune.

Polícia prende suspeito de ter assassinado o jornalista F.Gomes

O comandante do policiamento de Caicó, coronel Cipriano, efetuou a prisão de um suspeito de ter assassinado o jornalista F.Gomes na manhã desta terça-feira (19). O homem já havia sido preso na noite de ontem (18), mas logo em seguida foi liberado pelo delegado da cidade George David, por falta de provas. João Francisco dos Santos, mais conhecido como Dão está na delegacia local.
De acordo com o coronel, no momento do crime, policiais da cavalaria estavam próximos ao local e se dirigiram para uma possível rota de fuga do criminoso. Depois disso, um dos PM’s teria chegado bem próximo do assassino e visto a moto que ele pilotava. O mesmo policial militar reconheceu a moto, que estava em posse do acusado preso.
O coronel Cipriano diz que a polícia resolveu efetuar novamente a prisão deste suspeito porque o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Gomes, ainda não o interrogou. Agora e suspeito, que já tem passagens pela polícia por assalto e tráfico de drogas, aguarda o delegado Ronaldo, para ser ouvido. O coronel Cipriano acredita que será pedida a prisão temporária do acusado para investigação do caso.
O homem acusado foi identificado pela polícia por João Francisco dos Santos, mais conhecido como Dão. Ele tem 24 anos, é órfão de pai e mãe e já foi preso por assalto. Segundo o delegado George Daivid,  Dão não foi preso, mas sim convidado a conversar com o delegado Ronaldo Gomes.
Dão já está na delegacia de Caicó, com o advogado, conversando com os delegados.


Da Redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Desembargador Cláudio Santos propõe voto de pesar no TJ pela morte de F. Gomes

Em contato com o Blog de Marcos Dantas o desembargador Cláudio Santos. Lamentou profundamente a morte do radialista F. Gomes, com quem mantinha amizade, desde os tempos em que Cláudio esteve a frente da Secretaria de Segurança do RN.


"Caro Marcos Dantas: aproveito o espaço para externar solidariedade à família do meu amigo e grande jornalista assassinado F. Gomes, brilhante profissional que honra o nosso seridó. Com certeza a polícia do RN haverá de encontrar os culpados e puní-los. Tá na hora de endurecer a parada com os bandidos, que parece terem voltado com mais força e ousadia. Propus Voto de Pesar hoje aqui no Tribunal de Justiça. Repúdio da sociedade a esse tipo de açao é necessário. Abraços, Claudio Santos"

O blog de Robson Pires está de luto.

Como forma de homenagear o amigo, jornalista e blogueiro F. Gomes, brutalmente assassinado na noite de ontem, Robson resolveu suspender as atividade durante o dia de hoje.

Robson e F; Gomes Foram companheiros de trabalho durante 12 anos na Rádio Rural AM de Caicó. Juntos, realizaram ótimos trabalhos jornalísticos.

“Bons tempos. Encontraremos-nos mais adiante companheiro. O céu lhe recebeu para grandes reportagens. Certamente estava precisando de um grande repórter”.

Mas, saiba, que aqui na terrinha, o rádio seridoense não será mais o mesmo sem você. Ontem, ainda conversamos por telefone. Animadamente. Por volta das 12 horas e 30 minutos. Fiquei de ligar à noite. pois você estava no ar. Não deu! Já era tarde. Você se foi. Não deu tempo me despedir de você.

Tristeza marca aniversário de Cardoso Silva

Nunca imaginava fazer aniversário neste 19 de outubro com uma tremenda dor no coração pela partida covarde do colega de rádio F.Gomes. Imaginava passar esse dia com mais alegria em meu coração, mas é impossível sorrir quando existem lágrimas de dor. Resta pedir a Deus paz de espírito para todos nós, neste dia e sempre! Abraços a todos.

Polícia encontra pista dos assassinos de F. Gomes

A polícia encontrou roupas que podem pertencer aos criminosos que mataram o jornalista F. Gomes. De acordo com as informações preliminares dos policiais, a descrição das roupas dos bandidos bate com as que foram achadas em um matagal no bairro Paraíba, em Caicó.

Além de uma calça jeans, também foi encontrada no mesmo local, atrás do Batalhão de Engenharia de Construção do Exército, uma jaqueta que é utilizada pelos mototaxistas da região. Há suspeita de que a peça foi utilizada como disfarce pelos bandidos. As roupas foram levadas à Delegacia de Caicó.

Políticos lamentam assassinato de F. Gomes

A classe política do Rio Grande do Norte participa na manhã desta terça-feira (19) do velório e enterro do radialista caicoense F. Gomes, assassinado com cinco tiros na noite de ontem (18) em Caicó. 

O governador Iberê Ferreira (PSB) estava com uma viagem programada para Brasília, mas cancelou para acompanhar o caso do assassinato de perto, junto com a Polícia. Ele pediu a nomeação de um delegado especial - Ronaldo Gomes - que já está em Caicó. 

Iberê está acompanhado do comandante da Polícia Militar, Coronel Araújo, o secretário de Segurança, Cristovam Praxedes e dos agentes da Polícia Federal. Em seu twitter, Iberê comentou o assassinato do radialista, afirmando que irá cobrar providências e que era uma “questão de honra”. “Estou em Caicó, prestando minha solidariedade aos familiares do radialista F. Gomes. Estou acompanhado do comandante da PM, cel. Francisco Araújo. Faço questão que esse crime seja devidamente investigado e solucionado”, argumenta. 

Quem também está em Caicó é o deputado federal João Maia (PR), um dos diretores da Rádio Caicó, emissora em que F. Gomes tinha um programa diário em que noticiava assuntos policiais. Também pelo twiiter, João comentou a perda do jornalista. “Assassinaram F.Gomes, jornalista indefeso e desarmado na frente de sua família. Isso requer mais que polícia, a revolta de nossa sociedade”, desabafou.

Os prefeitos da região Seridó também devem participar da despedida ao jornalista que tinha quase 30 anos de profissão e cobria todo o Seridó, denunciando casos relacionados ao trafico de drogas, homicídios, roubos e fazendo coberturas marcantes no jornalismo potiguar.

Rosalba: "Uma pessoa que aprendi admirar, pela sua ética e talento

Na manhã desta terça-feira (19), a governadora eleita no primeiro turno para governar o Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM) divulgou nota de pesar. 

Recebi com surpresa a notícia do falecimento do jornalista F. Gomes. Uma pessoa que aprendi admirar, por sua ética e talento. Desejo força, luz e fé a toda família do profissional da comunicação, que aprendeu sozinho a fazer um jornalismo sério e corajoso.

Lembro-me do nosso último encontro. Foi nesse ano, em Jucurutu, quando visitei o encontro de Jipeiros. Na oportunidade estava acontecendo o IV Desafio da Serra João do Vale. O evento impulsiona o turismo da região. F. Gomes me entrevistou e levou ao ar notícias fidedignas do nosso encontro com os amigos seridoenses.

Rosalba Ciarlini
Senadora da República/ Governadora eleita do RN

"Elucidar assassinato de F. Gomes é questão de honra para Governo"

O governador Iberê Ferreira de Souza está participando do velório do jornalista F. Gomes, em Caicó. O chefe do Executivo garante que disponibilizou todos os meios para que a Secretaria de Segurança e a Polícia solucionem o crime. Iberê afirma que sua presença em Caicó junto ao comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Francisco Araújo, demonstra o empenho do Governo no caso.

O governador do estado garantiu que desde a noite da segunda-feira (18), pouco após a morte de F. Gomes, vem mantendo contato com o secretário estadual de Segurança, Desembargador Cristovam Praxedes, e que é inadmissível que crimes como esse ocorram no estado. "Elucidar o assasinato de F. Gomes é questão de honra para o Governo do Estado", garantiu o governador.

Pouco antes à loja macônica da Barra Nova, onde ocorre o velório de F. Gomes, Iberê também garantiu que investiu na segurança em Caicó, principalmente no combate às drogas, e que lamenta profundamente a morte do jornalista.

Buzinaço nas ruas de Caicó marca homenagem a F. Gomes.


Uma das maiores demonstrações de carinho de Caicó pelo radialista F. Gomes foi dada às 11 horas desta manhã, justamente no horário onde, de segunda a sábado, ele apresentava seu Comando Geral, na Rádio Caicó AM. Simultaneamente, em todos os bairros da cidade, carros e motos protagonizaram um intenso buzinaço, representando a dor e a revolta pelo assassinato do radialista.

O buzinaço durou cerca de 10 minutos. Como homenagem, a emissora tambem apresentou os 15 minutos iniciais do programa desta segunda-feira (18), o que seria seu último Comando Geral, ao dos seus companheiros Marcos Dantas, Sidney Silva, Rosivan Amaral e Lucineide Medeiros. O buzinaço marcou a tragetória profissional de F. Gomes. Era dessa forma que ele convocava os seus ouvintes, para demonstrarem toda sua indignação com crimes, que até então, não estavam totalmente elucidados. O velório continua sendo realizado na Loja Maçônica Regeneração do Seridó, no bairro Barra Nova, e o sepultamento acontece as 16 horas. O Corpo de Bombeiros de Caicó já confirmou que o caixão vai ser conduzido em carro-tanque, pelas ruas da cidade.

Morte do radialista F. Gomes repercute na imprensa nacional

Portais como Terra, Globo e Uol publicaram matérias sobre o assassinato. O primeiro deles, por exemplo, citou que o radialista foi morto em frente à casa no interior do RN, lembrando ainda que F. Gomes “denunciou um suposto esquema em que ‘a moeda da compra de voto’ seria o crack”.

O UOL e a Folha Online também citam o esquema denunciado pelo repórter potiguar. Outro que deu destaque a execução de F. Gomes foi o portal Globo.com e o jornalista Ricardo Noblat também publicou em seu blog.

A postagem cita os jornalistas do Rio Grande do Norte: “segundo os potiguares informaram no Twitter, ele sofria ameaças de morte em conseqüências de denúncias feitas contra traficantes de drogas e policiais envolvidos com o crime”.

Mensagem do Giro para os familiares de F. Gomes

Recado do Giro



Venho por meio deste espaço para mostrar meu profundo sentimento pelo ocorrido com F. Gomes, uma de nossas grandes fontes de informação. E dizer que em forma de luto as postagens de hoje será todas sobre o companheiro F. Gomes.



Sepultamento de F. Gomes está prevista para as 16hs.

A Delegacia Geral da Polícia Civil informou que a morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, será investigada pela Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor).

Ele era um dos repórteres policial mais antigo do Rio Grande do Norte, tendo trabalhado em vários veículos de comunicação de Natal e no interior. Atualmente, ele tinha um programa na Rádio Caicó e mantinha um blog policial.

Antes do primeiro turno das eleições, F. Gomes denúnciou um suposto esquema de compra de votos em troca de crack, em Caicó. De acordo com os amigos mais chegados a ele, o radialista “incomodava” muita gente com suas reportagens.

O corpo de F. Gomes começou a ser velado, nesta madrugada de terça-feira (19), na Loja Maçônica do bairro Barra Nova, de onde o radialista era integrante.

Seu sepultamento está marcado para as 16 horas desta terça, com celebração de missa de corpo presente, na Igreja de São José, próximo ao Colégio Diocesano Seridoense.

Francisco Gomes de Medeiros, 48 anos (F. Gomes), respeitado e um dos icones do Radio Caicoense atuava no rádio caicoense há 22 anos. Era casaso com dona Eliene com quem teve três filhos Esley, Everton e Erica.

Jornalista com passagem pelos jornais Gazeta do Oeste, Tribuna do Norte e Diário de Natal. Foi ganhador por duas vezes do prêmio estadual de jornalismo, promovido pelo Banco do Nordeste e ficou entre os quatro melhores colocados no Brasil, na categoria rádio, no prêmio IGE de Jornalismo, com destaque de uma reportagem sobre educação.

F.GOMES, trabalhou na Rádio Seridó por um bom tempo, depois, Rádio Rural de Caicó, atualmente ele exercia a função de diretor de Jornalismo da Rádio Caicó-AM.  

Vilma no fundo _ _ _ _

A ex-governadora Vilma de Fária está no fundo
da rede. 

F. Gomes sofre atentado e é assassinado em Caicó

O radialista Francisco Gomes de Medeiros, mais conhecido como F. Gomes, foi vítima de um atentado na noite desta segunda-feira (18), em Caicó. Ele foi alvejado por vários tiros, na porta de casa, e morreu no hospital.

A informação foi confirmada pelo comandante da PM em Caicó, coronel Cipriano. "Ele estava  em casa quando dois homens se aproximaram em uma motocicleta e efetuaram vários disparos", disse o oficial.

Coronel Cipriano informou ainda que o radialista foi socorrido e levado ao hospital da cidade. "Ainda estamos com informaões desencontradas, mas ele foi atingido", revela.

O portal Nominuto.com conversou com o também radialista Sidney Silva que era amigo de F. Gomes. Ele confirmou a morte. "Estou no hospital e ele realmente faleceu", lamenta.

Sidney contou que o radialista estava na calçada de casa acompanhado inclusive do filho. "Os caras chegaram em uma moto e efetuaram uns cinco disparos, que atingiram a região do abdômen".

Francisco Gomes de Medeiros, ou simplesmente F. Gomes, era um dos mais antigos repórter policial do Rio Grande do Norte. "As matérias veículadas por ele incomodaram muita gente. Ao longo dos anos ele recebeu muitas ameaças", destaca.

Atualmente, o radialista tinha um programa policial na Rádio Caicó, veiculado diariamente das 11h às 14h. Além disso, ele mantinha um blog policial.
Nominuto.com

Tropa de Elite 2 é o filme brasileiro mais visto do ano

De sexta (15) a domingo (17), 1,216 milhão de pessoas compraram ingressos para assistir a "Tropa de Elite 2" nos cinemas, segundo dados do site Filme B. Somados aos cerca de 3 milhões de espectadores que compraram ingressos na primeira semana de exibição, o público acumulado de "Tropa 2" chega a 4,14 milhões de espectadores.

A marca supera lançamentos nacionais e blockbusters internacionais. Os dados ainda são estimativas, já que de 10% dos mais de 700 cinemas onde "Tropa 2" está sendo exibido não passaram suas bilheterias.

Para Paulo Sérgio Almeida, diretor do site 'Filme B", 2010 será marcado como o ano do cinema no Brasil. “O tamanho do fenômeno 'Tropa de Elite' poderá fazer com que o cinema brasileiro chegue perto do seu recorde histórico, que foi em 2003, quando fez 21 milhões de espectadores”, afirma.

Dilma: "A nossa atitude é: nós investigamos e punimos"

Dilma Rousseff ao JN: Olha, Fátima, a gente tem de ser muito claro com o eleitor e não tentar enganá-lo. Erros e pessoas que erram acontecem em todos os governos. O que diferencia um governo de qualquer outro governo é a atitude desse governo em relação ao erro. A nossa atitude é: nós investigamos e punimos. Por exemplo, no caso da Erenice: eu não concordo com a contratação de parentes e amigos. Sempre fui contrária ao nepotismo. Jamais deixei que se praticasse.

Porem a Casa Civil, através de uma portaria publicada na edição desta segunda-feira (18) do Diário Oficial da União, prorrogou por 30 dias os trabalhos da comissão de sindicância instaurada para investigar o suposto tráfico de influência na Casa Civil. A portaria que criou a comissão foi assinada pelo ministro interino da Casa Civil, Carlos Esteves Lima, no dia 17 de setembro e estabelecia que a apuração deveria ser concluída em 30 dias. O documento que determina a prorrogação também é assinado pelo ministro.

ACORDÃO DO BACURAU

Apesar de admitir que gostaria de retornar a presidência do Congresso Nacional, o Senador reeleito Garibaldi Alves confirmou que está disposto a abrir mão do projeto para que seu primo e deputado federal Henrique Eduardo Alves seja conduzido à Presidência da Câmara dos Deputados.

Para o senador, um projeto inviabiliza o outro, já que dificilmente o PMDB fará o presidente das duas Casas Legislativas.

O senador disse ainda que a situação do primo é mais confortável porque além da liderança da bancada ele conta também com o apoio do deputado federal Michel Temer, atual presidente da Casa.

Confira na integra: Entrevista de Dilma ao JN

Fátima Bernardes: A entrevista terá dez minutos com tolerância de um minuto para que a candidata conclua uma resposta sem ser interrompida e mais 30 segundos para a mensagem dela aos eleitores. O tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a senhora liderou grande parte da campanha e esteve muito perto de vencer no primeiro turno. Como a senhora explicaria a decisão do eleitor de levar essa disputa pra um segundo turno?

Dilma Rousseff: Olha, Fátima, eu acho que o eleitor queria uma oportunidade a mais para poder refletir e para poder, cotejando as propostas, ter uma opção agora com mais clareza. Agora, a verdade é que nós, eu sou muito grata aos eleitores que votaram em mim, porque eu tive 47 milhões de votos e veja que coisa curiosa: eu acredito que eu seja a mulher mais, a segunda mulher mais votada da história do planeta, a primeira sendo a Indira Gandhi.

William Bonner: Candidata, quando terminou o primeiro turno, a senhora e alguns dos seus assessores, enfim, partidários do Partido dos Trabalhadores chegaram a dizer que aquela discussão, aquela polêmica sobe o aborto tinha motivado essa decisão do eleitor no fim do primeiro turno. Essa polêmica toda, essa discussão não teria se dado por causa de sua mudança de posição sobre a legislação referente ao aborto? Eu digo isso porque pessoalmente a senhora sempre se manifestou contrária ao aborto. O que a senhora fez em algumas entrevistas, na revista "Marie Claire", na "Folha de S.Paulo", foi dizer que era favorável à mudança da legislação, à legalização do aborto. Não teria sido mais natural num país tolerante como é o nosso que a senhora tivesse admitido publicamente essa mudança de opinião a respeito?

Dilma Rousseff: Veja bem, Bonner, eu acredito que nessa história do aborto houve muita confusão. Há uma diferença, Bonner, entre a posição individual minha como cidadã: eu sou contra o aborto. Sou contra o aborto porque eu acho uma violência contra a mulher, e não acredito que mulher alguma é a favor do aborto. Acho que as pessoas que recorrem ao aborto o fazem em situação-limite. O que é que acontece com o presidente da República? Ele não pode fingir que não existem milhares de mulheres, principalmente, até milhões, pelos dados até publicados pelo [jornal O] "Globo" são milhões de mulheres, três milhões e meio de mulheres que recorrem ao aborto. Nós não podemos fingir que essas mulheres não existem. E mais: não podemos fingir que essas mulheres, elas fazem isso em situações muito precárias, e provoca, recorrer ao aborto provoca risco de vida e em alguns casos a morte. Pois bem, a minha posição sempre foi a seguinte: você não pode colocar essas mulheres, prender essas mulheres. Não se trata de prender as mulheres, se trata de cuidar delas. Porque você não vai deixar três e meio milhões de mulheres ameaçadas a sua saúde. Então são duas posições diferentes. Quando a gente diz que o aborto não é um caso de polícia, no Brasil ele é um caso de saúde pública, o que que nós estamos falando? Nós estamos falando o seguinte: para prevenir para que não haja o aborto, primeira questão, nós temos que tratar a quantidade imensa de gestantes adolescentes que recorrem ao aborto ou porque têm medo da família, da família não aceitar, ou porque já não têm laços familiares efetivos que podem garantir a ela o apoio pra poder ter a criança.

William Bonner: Agora, na semana passada, a senhora divulgou um documento em que a senhora afirmou o compromisso de não propor nenhuma modificação na legislação. Algumas pessoas que defendem o aborto, né, como uma questão de saúde pública, como a senhora mesma já fez no passado, entenderam que esse seu compromisso seria um recuo, uma concessão, digamos assim, excessiva aos religiosos, que entra em contradição com algo que a senhora mesma defendeu. A senhora dizia: é uma questão de saúde pública e é um absurdo, a senhora disse isso para a “Folha de S.Paulo”, é um absurdo que não se legalize a questão. Daí a questão. A senhora não vê essa contradição?

Dilma Rousseff: Não, não vejo. Sabe por que, Bonner? Porque ninguém em sã consciência vai propor prender 3,5 milhões e meio de mulheres. Até porque tem um problema concreto, prático. Eu não concordo com a mudança na legislação. A legislação prevê aborto em dois casos. Prevê no caso de estupro e de risco de vida pra mulher. Então há, necessariamente, uma forma de a gente conduzir isso sem alteração. E acredito que um processo de alteração, por exemplo, por plebiscito, seria muito ruim. Porque dividiria o Brasil de ponta a ponta. Não levaria a uma forma de, eu diria, de acordo e de consenso. Pelo contrário: os países que fizeram isso tiveram péssimas experiências. Então eu fiz uma carta que é uma carta a todos os religiosos, mas é uma carta pública ao povo brasileiro no sentido de que acredito que a legislação.

Fátima Bernardes: Pode ser mantida...

Dilma Rousseff: Pode ser mantida, e não é necessário alterar os termos da legislação.

Fátima Bernardes: Candidata, os institutos de pesquisa atribuíram não a essa questão do aborto, mas ao escândalo da sua ex-assessora Erenice Guerra, essa ida pro segundo turno, ao escândalo envolvendo contratação de familiares, de parentes, e tráfico de influência. A senhora chegou a dizer num primeiro momento que essas denúncias eram factóides, depois a senhora mesma reconheceu que sua ex-assessora errou e que o seu partido investiga os erros. Agora a questão que surge é a seguinte: como é que isso aconteceu num ministério que a senhora comandou, a Casa Civil, e que garantias a senhora oferece ao eleitor de que isso não venha a se repetir no caso de a senhora ser eleita?

Dilma Rousseff: Olha, Fátima, a gente tem de ser muito claro com o eleitor e não tentar enganá-lo. Erros e pessoas que erram acontecem em todos os governos. O que diferencia um governo de qualquer outro governo é a atitude desse governo em relação ao erro. A nossa atitude é: nós investigamos e punimos. Por exemplo, no caso da Erenice: eu não concordo com a contratação de parentes e amigos. Sempre fui contrária ao nepotismo. Jamais deixei que se praticasse.

Fátima Bernardes: Mas ele aconteceu.

Dilma Rousseff: Sempre pode acontecer. As pessoas podem errar em vários momentos. Não tem como você saber que a pessoa vai errar ou não a priori. O que você tem de garantir é que haja punição. Por exemplo, eu vou te dar um exemplo.

Fátima Bernardes: A senhora acha que houve alguma falha, por exemplo, na estrutura montada pela senhora na Casa Civil para que esse erro pudesse acontecer?

Dilma Rousseff: Veja bem, ninguém controla o governo inteiro. O que você tem de ter garantia, vou repetir, é que havendo o mal feito, você investigue e pune. Nós estamos, nós estamos claramente, já 16 pessoas depuseram no caso da Erenice e a polícia está investigando se houve ou não houve tráfico de influência. Quanto à nomeação de parentes, foram todos, os que estavam ainda no governo, porque a grande maioria não estava, foram demitidos. Veja você, há uma diferença entre nós e o meu adversário. O meu adversário tem uma acusação gravíssima, que é o caso Paulo Vieira de Souza. O Paulo Vieira de Souza está investigado na operação da Polícia Federal chamada Castelo de Areia por propina, porque ele era diretor do equivalente aqui no Rio ao departamento de estradas, e ele cuidava das mais importantes obras do governo do estado de São Paulo. Até agora não houve uma investigação e não houve nenhum processo, pelo contrário: há uma diferença entre quem investiga e pune e quem acoberta e não pune, quem acoberta e cria uma coisa que se chama impunidade, porque a gente tem de perceber isso. Um governo é como uma empresa: ninguém sabe absolutamente de tudo o que acontece na empresa, mas o que que você tem de ter? Você tem de ter mecanismos para, havendo conhecimento daquela atividade, eu quero te dizer: no meu governo, eu serei implacável tanto com essa questão de nepotismo, né, que é a contratação de parentes, quanto com tráfico de influência ou conhecimento de qualquer mal feito relacionado à propina ou outras variantes disso.

William Bonner: Me permita fazer uma questão agora sobre a campanha eleitoral. Nesse segundo turno, o ex-deputado Ciro Gomes se juntou a sua equipe para coordenar a sua campanha na eleição. É curioso, porque há seis meses, o candidato Ciro... o então... o ex-deputado Ciro Gomes chegou a dizer que o seu adversário, candidato José Serra, do PSDB, é mais preparado do que a senhora para ser presidente da República. Sobre o PMDB, que é o partido do seu candidato a vice, Michel Temer, ele disse que era um ajuntamento de assaltantes, palavras dele, e sobre o próprio Michel Temer, o seu candidato a vice, ele chegou a dizer que era o chefe dessa turma. A minha pergunta é a seguinte, candidata: foi a sua equipe que pediu ajuda a Ciro Gomes ou foi ele que ofereceu ajuda a sua campanha?

Dilma Rousseff: Veja bem, eu tenho uma relação muito longa, de há muito tempo com o deputado Ciro Gomes. Nós participamos do mesmo governo e eu sempre disse em todo esse processo que eu respeitava, tinha uma excelente relação com ele e entendia, inclusive, que naquele momento ele estivesse magoado pela circunstância que levou ele a não ser candidato. E eu vou ter sempre, eu sei como é que é a forma pela qual e o temperamento do deputado Ciro Gomes. Ele nos procurou e nós...

William Bonner: Foi ele que procurou? Aí a senhora...

Dilma Rousseff: ...  aceitamos prontamente. Por quê? Porque o deputado Ciro Gomes, eu convidei para ir a minha casa, inclusive a jantar. Eu já não lembro se foi janta ou se foi o almoço. Por quê? Porque eu tenho uma relação pessoal, mas nesse momento ele não me apoiou formalmente.

William Bonner: Certo.

Dilma Rousseff: Ele foi me apoiar depois, agora, no primeiro turno, a partir do fato que ele foi coordenador da campanha do Cid e que o governador Cid, também pelas nossas relações, me apoiava.

William Bonner: Não, é só porque, para concluir, a senhora tem direito a 30 segundos para se despedir de seus eleitores.

Dilma Rousseff: Ah, já estamos no fim?

William Bonner: Já terminou, já foi aquele minutinho de tolerância.

Dilma Rousseff: Primeiro eu queria agradecer muito ao acompanhamento dos ouvintes e fazer um apelo de forma muito humilde. Eu peço o voto e o apoio de vocês que me assistem, porque eu represento um projeto que transformou o Brasil, que fez com que o Brasil distribuísse renda, que o Brasil criasse um grande mercado consumidor, pagasse o FMI. Mas sobretudo também que nós nos tornamos respeitados lá fora. Eu vou continuar isso, eu assumo esse compromisso com vocês. E eu gostaria muito, se Deus quiser e contar com o seu voto, de ser a primeira presidenta do Brasil.

Fátima Bernardes: Muito obrigada, candidata Dilma Rousseff, pelo seu retorno aqui ao Jornal Nacional.

Dilma Rousseff: Muito obrigada, Fátima e Bonner.

Aliados acertam agenda de mobilizações pró-Dilma

Os partidos aliados da base de Dilma no Rio Grande do Norte se reuniram, nesta segunda-feira (18), pela manhã e à tarde, para definir a estratégia e a agenda de mobilizações destas duas últimas semanas de campanha. Os líderes combinaram que vão realizar eventos em comum em Mossoró, Natal e na Região Metropolitana, mas, em virtude do pouco tempo, os partidos farão atividades descentralizadas, para que seja possível mobilizar todas as regiões do Estado.
Participaram das conversas a deputada federal Fátima Bezerra (PT), deputado federal Henrique Alves (PMDB), o deputado federal João Maia (PR), a deputada estadual Márcia Maia (PSB), o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT), o presidente estadual do PT Eraldo Paiva, o vereador George Câmara (PCdoB) e o candidato a senador Sávio Hackradt (PCdoB).
Opa não faltou ninguém?
Cadê Iberê ? Cadê Vilma ?